Meu caro , por que estás preocupado
Se corresponde às carícias
não há motivo algum
Um malandro sabe bem quem tem ao lado
Galho não nasce
sem água , luz e adubo
Não se avexe
se o amor é verdadeiro
Qual é a razão pr'o vespeiro que você fez ?
Não garanto que estás livre
do infortúnio de um falso amor
Porém , não serei o algoz de tamanho dissabor
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
A epopéia do futebol (Carlos Alberto de Pinho Junior)
Os portões se abrem , uma satisfação inexplicável toma os corações daquelas pessoas de forma avassaladora . Ponte ao céu , trampolim para o inferno .
Os espectadores se acomodam . O coliseu tem carne até as vigas. O centro das atenções é um pedaço de grama cercado de sonhos , desilusões , alegrias e tristezas por todos os lados . O que há de mais doce e de mais odioso . As delícias e delírios de milhares de almas mundanas estão nos pés , na cabeça de um daqueles que , como num épico de Homero , sairá altivo , vigoroso , no entanto , fatigado , no limite da estafa , após tão selvagem batalha.
Os olhares submissos fitados no altar . Adorado , porém , imaculado , inalcançável a nós , simples mortais , que almejamos em noventa minutos uma fuga para nossas aflições .
Os minutos , violando as regras de Chronus , por vezes , são angustiantes tal qual uma eternidade . Contudo , também podem ser pacificadores como a morte e extasiantes como a paixão .
Mediar o desafio , cabe ao deus das decisões . O juiz . Dono da verdade errada e da mentira certa . Detentor do tempo . Pode se apossar do destino . É bondoso e sádico , uma dualidade típica das divindades .
O objeto de desejo é colocado entre argonautas e marujos . É chegado o momento em que o silêncio ensurdecedor dará lugar ao brado incessante .
Um braço se estende , o apito soa . E todos correm em busca de uma meta , de uma bola , numa rede .
Que vença o espetáculo !
Os espectadores se acomodam . O coliseu tem carne até as vigas. O centro das atenções é um pedaço de grama cercado de sonhos , desilusões , alegrias e tristezas por todos os lados . O que há de mais doce e de mais odioso . As delícias e delírios de milhares de almas mundanas estão nos pés , na cabeça de um daqueles que , como num épico de Homero , sairá altivo , vigoroso , no entanto , fatigado , no limite da estafa , após tão selvagem batalha.
Os olhares submissos fitados no altar . Adorado , porém , imaculado , inalcançável a nós , simples mortais , que almejamos em noventa minutos uma fuga para nossas aflições .
Os minutos , violando as regras de Chronus , por vezes , são angustiantes tal qual uma eternidade . Contudo , também podem ser pacificadores como a morte e extasiantes como a paixão .
Mediar o desafio , cabe ao deus das decisões . O juiz . Dono da verdade errada e da mentira certa . Detentor do tempo . Pode se apossar do destino . É bondoso e sádico , uma dualidade típica das divindades .
O objeto de desejo é colocado entre argonautas e marujos . É chegado o momento em que o silêncio ensurdecedor dará lugar ao brado incessante .
Um braço se estende , o apito soa . E todos correm em busca de uma meta , de uma bola , numa rede .
Que vença o espetáculo !
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